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Atleta da AABB BH é destaque em corrida nudista em Portugal

Lizandra Oliveira Pungirum ou Xexéu, como é mais conhecida, foi a representante brasileira na Segunda Légua Nudista promovida pela Federação Portuguesa de Nudismo na Praia do Meco, costa oeste do país da Península Ibérica, realizada em 24 de maio. A atleta ficou em terceiro lugar na prova de 5 km, surpreendendo a própria organização do evento.
Xexéu, 46 anos, mineira de Belo Horizonte, associada à AABB, é massoterapeuta e formada em Educação Física. Além de adepta às corridas, é capoeirista, nadadora, amante dos esportes e da vida saudável. Esposa e mãe de uma filha, somente começou a correr profissionalmente aos 40 anos. Para instigar a todos a renderem-se a essa prática esportiva, pedimos à atleta que nos contasse sobre sua trajetória, ao que ela atendeu prontamente.
O início
Em nossa conversa, Xexéu nos disse que, quando começou a correr, “não tinha em mente as competições”. Isto porque, no início, ela “corria por correr, não queria competir. Correr era um prazer para manter a saúde e o corpo de quase 40”. Ela não acreditava que poderia, aos 36 anos de idade, começar a competir. Mas com o tempo, assessorada por um treinador, soube por ele que tinha potencial para adquirir velocidade nas corridas. Por curiosidade inscreveu-se em algumas competições e constatou que a fala do treinador estava correta.
Passou a dedicar-se então aos treinos e gradativamente, foi se aproximando do pódio de premiação. Foi no Circuito de Contagem em 2010 que obteve o primeiro lugar e o primeiro troféu.
Depois desta prova ela disputou a Maratona Linha Verde. Porém, o ”treinamento para se disputar uma corrida deve ser diferente do treinamento para disputar uma maratona”, fato que ela só soube depois da competição que não lhe rendeu uma boa colocação, mas que lhe deu experiência e vontade para aprimorar seus treinos, tanto que, ao disputar a Maratona de Paris e a Maratona da Argentina, já apresentou resultados consideravelmente melhores.
Os frutos da experiência
De lá para cá, “correr se tornou uma paixão e uma necessidade”, comenta. A moça alegre, extrovertida e de humor refinado nos contou que sua experiência mais marcante foi a Maratona de Tóquio que ela relembra com sendo seu maior desafio físico, devido às baixas temperaturas a que se submeteu e pelo fato de não ter se adaptado a alimentação. Somado a isso, aos 27 quilômetros, sofreu uma lesão. “Pela paixão pelo esporte e com muita garra, concluí a prova”.
Ademais de uma paixão, correr virou um vício para Xexéu. Houve uma ocasião em que ela chegou a disputar duas corridas num mesmo final de semana: uma corrida na noite de sábado e logo pela manhã de domingo, outra. A colocação? Primeiro lugar!
Foram 9 maratonas até hoje. “Corridas de 5, 10, 16 quilômetros, foram mais de 1000. Meias maratonas, umas 60”, informa Xexéu. Há em sua casa um cômodo especialmente reservado para o resultado de todas estas competições, pois em 80% delas, Xexéu foi premiada.
Entre meados de abril e início de maio deste ano, em menos de quinze dias, ela conseguiu disputar três corridas e obter três troféus: em Itatiaiuçu, correu 10 quilômetros, depois a Xtreme Race de Belo Horizonte, corrida com obstáculos que exige alto grau de resistência, e por fim, a Corrida do Cruzeiro, realizada no Dia do Trabalhador. Sua corrida mais recente foi em Portugal onde representou o Brasil na 2ª Légua Naturista alcançando o 3º lugar.
Alimentação e treinamento
“Claro que tudo isso exige treino e disciplina: só deixo de correr aos sábados, desde que não haja nenhuma corrida para disputar”, ela ressalta. Seu treinamento se adequa à modalidade que irá disputar, o que significa correr entre 10 e 22 quilômetros por dia. Se há uma maratona por perto, o ritmo vai aumentando. Entre risos, ela nos disse que costuma sair da Pampulha e corre até o centro de BH! “Bem suave”, completa ela.
E por falar em maratonas, são elas as favoritas da atleta. Ela considera a maratona mais fácil que as corridas curtas, pois estas últimas demandam velocidade, enquanto a maratona, resistência. “Velocidade em maratonas, só para quenianos”, brinca ela.
Aliada aos treinos está uma alimentação balanceada por uma nutricionista. Xexéu só faz uso de BCAA (um composto que ajuda a repor o cansaço muscular). Fora isso, só frutas, alimentos integrais, doces (sim) de forma moderada, e muita, muita água.
Perguntamos a Xexéu se corridas emagrecem e ela nos disse que “sim, com certeza. As corridas curtas. Maratonas, salvo a de Tóquio, são ocasiões em que é necessário alimentar-se bem com refeições ricas em carboidrato para repor a massa perdida”.
Xexéu não disputa corridas por dinheiro ou fama. Ela disputa pelo prazer de correr, pelo bem estar de alcançar a meta da linha de chegada. E mais: para seu corpo e sua saúde física e mental estarem em harmonia. Ela outras palavras, conforme o romano Juvenal sintetizou na expressão “mens sana in corpore sano” (uma mente sã num corpo sadio) correr só trás benefícios. Para ela: correr rejuvenesce. “Quando corro só tenho pensamentos bons, estou sempre de bem comigo. Ganhar uma corrida é atingir minha meta para com meu corpo”, afirma ela.