A obra “A pessoa e sua força”, criada pelo nosso associado Gilson César da Silva, conhecido artisticamente como Babilak Bah, está em exposição em São Paulo e ganhou destaque no Jornal Nacional recentemente – para conferir a reportagem, basta acessar o link https://globoplay.globo.com/v/11882983/  (a obra do Babilak está entre 1m30s e 1m39s).

Babilak é um artista que canaliza sua expressão para a cultura negra, direitos afrodescendentes e inclusão de pessoas com deficiência mental através da música. Sua arte é um reflexo poderoso de diversidade e inclusão.

A exposição está acontecendo no Sesc Belenzinho – SP e traz uma incrível coleção de obras em diversas formas de expressão artística, abrangendo pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações. São 240 artistas negros de diferentes identidades de gênero, vindos de todos os cantos do Brasil, apresentando suas criações do fim do século XVIII até o século XXI.

Dos Brasil – Arte e pensamento negro

A exposição celebra a arte produzida por criadores negros e sua contribuição estética na constituição de um pensamento sobre a arte brasileira – e sobre a própria ideia de um país.

Para se chegar ao expressivo número de artistas negros que compõem a exposição – 240 no total – foram realizadas pesquisas em todas as regiões do Brasil com a participação do Sesc em cada estado.

A equipe curatorial, composta pelo curador geral Igor Simões e pelos curadores adjuntos Marcelo Campos e Lorraine Mendes, investigou obras, documentos em ateliês, portfólios e coleções públicas e particulares.

O resultado é uma seleção com centenas de obras em diversas linguagens, como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, realizadas por artistas de distintas origens, entre o fim do século 18 e os dias atuais.

Dividido em sete núcleos – Romper, Branco Tema, Negro Vida, Amefricanas, Organização Já, Legitima Defesa e Baobá –, o espaço expositivo reúne pensamentos de importantes intelectuais negros, a exemplo de Beatriz Nascimento, Emanoel Araújo, Guerreiro Ramos, Lélia Gonzales e Luiz Gama.

Em cada núcleo, há um acervo de obras de diferentes temporalidades, linguagens e estilos que dialogam com questões como tecnologias ancestrais e afrofuturismo.

Mini currículo de Babilak

Babilak Bah: artista do ruído, poeta, artista visual e arte-educador.

Publicou quatro livros: Diáspora Descontente – 2021, Uma Clinica de Instantes Inusitados – 2021 – Corpoletrado – 2009, Vôomiragem – 2003 e produziu dois CDs: Enxadário: Orquestra de Enxadas, em 2006, e Biografia de Homens Inquietos, em 2010, e o DVD Afroprogressivo, em 2014.

Como arte-educador, criou o Coletivo Musical Trem Tan Tan, formado por cidadãos com sofrimento psíquico, produzindo o CD homônimo em 2002, o Sambabilolado em 2008 e o DVD Sambabilolado e Outros Tan Tans, em 2015.

Já foi premiado em três edições do Rumos – Itaú Cultural: Rumos Música, Rumos Educação, Cultura e Arte (2012), Rumos Literatura (2019/2020) e se apresentou nos projetos Pixinguinha, Conexão Vivo, Sesc Pompéia, entre outros.

Excursionou pela Europa, por países como França, Espanha e Inglaterra e atualmente dedica-se às esculturas sonoras, uma instalação intitulada “Enxadigma, ao laboratório de linguagem: ritmo corpo e palavra”, dedicada a autores e autoras negras.